quinta-feira, 15 de agosto de 2019

MINHAS REFLEXÕES COM "O REI LEÃO"



Ontem fui (re)ver esse filme que marcou minha infância, lembro como foi emocionante ver a primeira versão no cinema, eu tinha uns 10 anos... Tantos anos depois outros aspectos me emocionaram... percebi Simba como um filhote muito inteligente e promissor que sofreu um grande trauma na infância e não teve condições/suporte/estrutura para lidar com o que sentia naquele momento... Quantos de nós também tivemos um tio/pai/mãe/irmão/primo opressor? Mesmo quando não é na infância, às vezes não é possível mergulhar no sofrimento imediatamente, sob risco de a pessoa ir muito profundo e ter dificuldade pra voltar.

Então Simba literalmente resolveu deixar o passado pra trás, esquecer quem ele é e viver o "hakuna matata": os seus problemas você deve esquecer. E passou muito tempo ali. Parado? Não!  Ele estava se desenvolvendo,  se fortalecendo, adquirindo prazer de viver, descobrindo que existem outros lugares, outras pessoas, que ele ainda pode ser amado... Não, eu não chamo isso de zona de conforto, alguém duvida que esse momento tenha sido importante no processo dele?

É importante estar atento, pois sempre chega uma hora que a Vida (o grande ciclo sem fim) nos convoca a assumir nosso lugar. É orgânico, temos apenas que prestar atenção e responder a esse chamado. É aquela hora que a pessoa sente que não dá mais, que precisa olhar para as velhas feridas, encontrar conforto na sua própria história e, no presente, ressignificar o passado e construir o futuro... Não acho que esse processo precisa ser forçado, mas tem que ter disposição, coragem, amigos e (se necessário) recorrer a pessoas especializadas nisso (até no filme tem o macaquinho feiticeiro que soube fazer a intervenção correta). É isso, um post diferente pra compartilhar as coisas que ando pensando. 🤗