quarta-feira, 8 de maio de 2019

Não trabalho com metas


🔸️Nessa era do "coaching" tenho dito muito, dentro e fora do consultório: EM TERMOS DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL, EU NÃO TRABALHO COM METAS. "Mas como assim, Isadora? Nós precisamos de metas para alcançar  e tal e tal!". 🔹️Olha, eu até entendo seu espanto, mas entenda também o meu ponto de vista: nós já somos cobrados por metas no trabalho, na vida financeira, somos motivados socialmente a alimentar sonhos para seguir, metas na dieta, na atividade física, nos estudos, metas de leitura... 🔸️Inclusive, uma queixa recorrente no consultório é a pessoa sentir que não está dando conta, não tem  conseguido ser e fazer o que dela é cobrado. E a resposta do organismo é nítida: sintomas de ansiedade e depressão, angústia, ou até  sintomas psicossomáticos. 🔹️Então a pessoa busca terapia e quando chega no consultório mantém a mesma lógica de pensamento, querendo estipular prazos para melhorar tal aspecto, com uma lista de conquistas a buscar: quer mais autocontrole, quer ser mais produtiva/o, quer obter independência emocional... 🔸️Calma...! Talvez não seja de metas que você está precisando agora... talvez você precise justo do contrário... de desenvolver maior percepção de si para saber melhor os caminhos por onde você quer andar, conhecer melhor seus próprios sentimentos e sensações (e talvez isso não te leve ao que aparenta ser um equilíbrio emocional)... 🔹️E tudo isso não pode ser encaixado em metas e prazos! É o tipo da coisa que funciona bem melhor em um clima de liberdade existencial, sem cobranças e, acredite: não temos como estabelecer o ponto de chegada, pois não é possível prever concretamente onde chegaremos nessa aventura. 🔸️Iniciar um processo psicoterápico de fundamento humanista é isso: escolher alguém um pouco mais experimentado no caminho de autoconhecimento para te acompanhar, no seu ritmo, no seu tempo, por um novo caminho, rumo a destino desconhecido.

Vamos?

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